Os religiosos que querem aparecer e se autoprojetar
devem se expor, viajar para onde estão os aglomerados humanos e
participar de festas religiosas, celebrações de cultos e eventos
especiais. Precisam chamar atenção por meio dos milagres espalhafatosos
(como o de jogar-se do pináculo do templo) e de discursos inflamados.
Esse de fato é o caminho mais curto e mais garantido para quem quer ser
conhecido, atrair multidões e fascinar todo o mundo.
Porque
pensavam assim, os irmãos de Jesus disseram a ele nas vésperas da festa
da Páscoa em Jerusalém: “Quem quer ter fama não faz nada às escondidas
(Jo 7.3, EP), e em seguida completaram: “Vá aonde mais gente possa ver
os seus milagres” (Jo 7.4, BV).
A essa altura, Jesus já
havia transformado 480 litros de água em vinho, colocado em pé o
paralítico de Betesda, multiplicado pães e peixes e andado sobre as
águas.
Porque ainda não criam na divindade dele, seus
irmãos entendiam que o primogênito de Maria “queria aparecer”. Contudo,
imediatamente depois da ressurreição de Jesus, eles se converteram e
mudaram por completo o modo de pensar a respeito dele (At 1.14). Um
deles, Tiago, provavelmente o mais velho, teve o privilégio de ser uma
das poucas pessoas a ver, a sós, o ressuscitado (1Co 15.7).
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