domingo, 25 de agosto de 2013

NÃO VOU TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO

Não vou tomar o nome de Deus em vão – Edição 335 | Revista Ultimato

Não vou tomar o nome de Deus em vão

Se eu jurar por Deus que a partir de hoje não tomarei o santo nome dele em vão, já estarei fazendo o que não devo. Jesus ampliou o terceiro mandamento da lei de Deus proibindo qualquer tipo de juramento, seja pelo céu, que é o trono de Deus, pela terra, que é o estrado onde ele descansa os pés, ou por Jerusalém, que é a cidade do grande rei. De acordo com o ensino do Mestre, devo dizer simplesmente: “Sim, eu farei” ou “não, eu não farei” (Mt 5.34-37). Sendo assim, devo apenas afirmar cuidadosamente: “De hoje em diante, com o auxílio de Deus, não vou usar o nome dele aventureiramente”.
 
Reconheço que pronunciar o nome de Deus não é brincadeira. Ele não é para ser mencionado a torto e a direito nem é para ser repetido mecanicamente; não é uma interjeição, nem panaceia, nem talismã. Estou ciente de que não devo “tomar carona” no nome de Deus para prometer alguma coisa, receber algo, me valorizar ou ser ouvido. Tomarei cuidado com certas expressões, como “Deus me falou”, “Deus me mostrou”, “Deus me enviou”.
 
Ao meu redor quase todos mencionam o nome de Deus sem o menor respeito, em novelas, programas humorísticos, anedotas, brincadeiras, piadas, pornochanchadas, charges, mentiras etc. O nome mais alto, mais santo, mais solene aparece de maneira totalmente profana na televisão, no rádio, no teatro, na música e nas rodas de bebedores. Eu não posso agir dessa maneira em casa ou no templo, antes ou depois de orar: “Pai Nosso, que estás nos céus, “santificado” [e não profanado] seja o teu nome” (Mt 6.9).
 
Preciso levar em consideração que esse mandamento foi escrito pelo dedo do próprio Deus -- não no fino pó que cobre as calçadas, nem em uma cerâmica ou tabuleta de madeira, mas em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). Frente a esse mandamento, não me permitirei usar expressões rotineiras que tomam o nome de Deus em vão, como “Valha-me Deus”, “Deus me livre”, “Deus me acuda”, “Deus me é testemunha” etc.
 
Embora quebrassem outros mandamentos, os judeus eram tão ciosos dessa terceira obrigação que só falavam o nome de Deus uma vez por ano, no grande Dia da Expiação. Contudo, somente uma pessoa podia pronunciá-lo (o sumo sacerdote).
 
Não, de hoje em diante “trancarei” a minha língua para não usar de forma leviana e fútil o majestoso nome de Deus. Essa decisão inclui a citação de seu nome em orações formais e adoração hipócrita. Antes de me chegar aos lábios, o nome de Deus estará de fato no meu coração (Is 29.13).
 
Ademais, não posso me esquecer da cláusula que diz: “O Senhor não deixará impune quem pronunciar o seu santo nome em falso” (Êx 20.7).


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