quinta-feira, 7 de março de 2013

PARA NÃO CORRER ATRÁS DO VENTO

Para não correr atrás do vento – Edição 318 | Revista Ultimato


Para não correr atrás do vento

Aline Cristine Siqueira

Um jovem cristão de 22 anos estava num evento missionário. Era a primeira vez que participava de algo desse tipo. Dentre os vários testemunhos que ouviu, o que mais o impactou foi o de uma senhora de 65 anos que tinha um ministério com meninos de rua. Ela contava que já havia tirado das ruas 34 crianças em um período de três anos de ministério e que sua maior alegria era saber que 28 delas estavam servindo ao Senhor. O jovem ficou ainda mais impactado quando ela disse que, se pudesse viver por mais tempo, poderia resgatar muito mais crianças. Ao final do evento, ele foi procurar aquela senhora e perguntou o motivo de sua declaração. A senhora respondeu: “há três anos descobri um câncer degenerativo. Estou frágil e posso morrer a qualquer momento. Meu médico não entende como ainda estou viva e reagindo aos efeitos da quimioterapia. Na verdade, meu filho, eu é que não entendo por que demorei tanto tempo para descobrir o que Deus queria de mim. Só após saber que tinha pouco tempo de vida é que resolvi fazer alguma coisa. Então, nesses três anos, é isso que tenho feito com a energia que ainda me resta”.

Aquele rapaz ficou impressionado e logo se envolveu na obra missionária.
Será que todos nós precisamos passar por experiências como esta para sermos impactados? Na palavra de Deus temos testemunhos suficientes de como Cristo transforma vidas, de como ele quer nos usar e de como tem nos desafiado para tal função. Diariamente tomamos decisões -- algumas simples, outras que definem como vamos viver o resto de nossas vidas. Porém, a decisão de se entregar inteira e totalmente para Deus precisa ser tomada já, pois tudo o que vivemos, se não for para Deus, será como correr atrás do vento. Eclesiastes 8.8 diz: “Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte”. Mesmo sem sabermos quanto tempo nos resta, podemos usar esse tempo para resgatar vidas para Deus. Em Eclesiastes 2.11 temos claro o relato de alguém que correu atrás do vento: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol”. Não sei de que forma Deus tem te chamado a investir sua vida, mas certamente ele o tem chamado. Seja em algum ministério próximo a sua casa ou em algum lugar distante, o importante é que você se apresente a Deus e diga: “Usa-me Senhor!” Não sabemos o que ele fará, mas quando dizemos tal coisa, ele age. Foi assim em minha vida. Me converti aos 17 anos. Era o ano de 1994 e eu cursava o Ensino Médio. Era a época da timbalada, da lambada e de todas as baladas possíveis. Tinha muitos amigos e muitas oportunidades de fazer coisas erradas. Hoje vejo o quanto Deus me preservou, me livrou e me resgatou. Poderia ter tomado muitas decisões desastrosas para minha vida. O que seria mim? Onde estaria agora? O que estaria fazendo? Atualmente estou me preparando para ir para a África, para falar dessa graça que me alcançou. E agradeço a esse Deus que tanto me amou.

Quanto tempo tenho? Quem irei encontrar? 
Oh Deus, eu só quero uma oportunidade para o evangelho anunciar.
Dê-me Senhor, uma criança para que ela venha servir a ti.
Dê-me Senhor, alguém sem esperança para que ela possa vir a sorrir.
Dê-me Senhor, coragem e ousadia para trabalhar enquanto é dia.


• Aline Cristine C. Siqueira, 33 anos, participou do projeto missionário Radical Luso Africano 1 e serviu em São Tomé e Príncipe, para onde deve retornar em junho de 2009.

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