Para
escapar da culpa, da vergonha e do escândalo, muitos pecadores tomam
providências inúteis. Costumam abafar, acobertar, encobrir, esconder ou
ocultar o pecado cometido. Outra providência de pouca duração é negar o
que de fato aconteceu. A família e as autoridades civis ou religiosas às
vezes tentam engavetar o processo ou desqualificar os denunciantes ou
as vítimas em benefício do verdadeiro culpado. Outro expediente que o
transgressor toma é inverter a culpa, como Adão fez: “Foi a mulher que
me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi” (Gn
3.12). Culpa-se o diabo, os poderes ocultos, o decote da mulher alheia, o
celibato, a genética, a educação recebida no lar, as oportunidades para
o mal (como o convite da mulher de Potifar) e coisas assim. Nem sempre,
porém, o caminho de volta começa antes da condenação. Nem sempre a
tolerância corrige o faltoso.
A restauração de
Davi só começou quando o profeta com dedo em riste falou para ele: “Tu
és o homem” (2Sm 12.7). Nesse exato momento, Davi abriu os olhos para
sua culpa e sua mancha e subiu o primeiro degrau da restauração.
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